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Não há mensagem
No espaço, lâminas perpendiculares ao chão. O objeto fragmentado distribuido pelo espaço envolve espectador e paisagem. Cada lâmina com um segmento de módulos geométricos, tal qual um código a ser revelado, estabelece uma relação com a lâmina ao lado e assim por diante.
Ao caminhar, a distorção da perspectiva conecta os segmentos e juntos formam uma imagem maior, mas que não pode ser percebida de um único ponto de vista. Aproximando-se do centro do objeto, o vazio. A perspectiva das lâminas deste ponto é infinita e o objeto desaparece. O código é percebido por etapas, e o observador liga os pontos ao passear pelo espaço. No movimento, enquanto uma imagem se forma de um lado, outra se desconstrói na parte oposta. Ação e reação em um movimento circular.
A imagem geral se revela com o explorar do entorno e interior da obra, e o desenho se completa na memória. Ao fim, a obra se concretiza no cruzamento das diferentes perspectivas e transcende à própria experiência.
A mensagem é clara. Não há mensagem.
Coletivo MUDA | “Não há mensagem” | 2017